Pré-natal: saiba o que é, como fazer e quais são os exames mais importantes

O pré-natal é todo o acompanhamento médico que é feito para dar suporte à saúde da gestante e ao correto desenvolvimento do bebê. Esse cuidado é fundamental para a detecção precoce de patologias maternas e fetais, com o intuito de reduzir riscos e até mesmo iniciar tratamentos.  

Pré-natal alto risco  

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o pré-natal de alto risco se refere ao acompanhamento de uma gestante que tem uma doença prévia ou durante a sua gravidez. 

Assim, basicamente se enquadram em pré-natal de risco três condições: as mulheres com doenças crônicas prévias à gestação, aquelas que tiveram uma gestação anterior de alto risco e aquelas que identificam, no curso da gravidez, uma condição ou doença que vai oferecer risco para ela e para o bebê. 

Pré-natal baixo risco  

Durante a consulta pré-natal de baixo risco, o ginecologista irá fazer um exame clínico, verificar batimentos cardíacos do bebê e pressão arterial, peso da paciente, solicitar ultrassom de acompanhamento e exames laboratoriais de controle. 

Quando começar o pré-natal? 

O ideal é que o pré-natal comece assim que a mulher descobrir a gestação. Além disso, é importante dizer que esse cuidado pode começar antes mesmo da gravidez com uma consulta pré-gestacional.  

Quais são os exames pré-natal? 

Os exames ultrassonográficos são essenciais para acompanhar o desenvolvimento do bebê, e a quantidade de ultrassons dependerá do desenvolvimento do feto. 

Exames de sangue também são solicitados para o controle da glicemia, afastando riscos de diabetes gestacional e também para verificação de doenças infectocontagiosas, como sífilis, toxoplasmose, hepatite B e C, rubéola e HIV. 

Ultrassonografias 

• Ultrassom obstétrico transvaginal: é o primeiro ultrassom obstétrico que a mulher grávida deve fazer. Geralmente, é possível realizá-lo a partir da 5ª a 7ª sétima semana de gestação, e tem como função observar a presença de batimentos cardíacos. 

• Ultrassom morfológico com transluscência nucal: esse é o segundo ultrassom obstétrico que a mulher deverá fazer. Normalmente, ele é feito a partir da 11ª até a 13ª semana, e vai detectar alterações que poderão ser associadas a condições sindrômicas, como Síndrome de Down. 
• Ultrassom morfológico: o US morfológico consegue ter um detalhamento melhor das estruturas de órgãos. Ele costuma ser realizado uma vez no primeiro trimestre e outra vez no segundo trimestre, entre 20ª e 24ª semana de gravidez. 
• US com doppler: feito a partir da 32ª semana. Ele tem uma complexidade maior e consegue avaliar mais detalhadamente a circulação sanguínea do bebê, sua oxigenação, bem como os batimentos cardíacos. 

NIPT 

O NIPT é uma triagem não invasiva, que é feita a partir de uma coleta de sangue materno. Pode ser realizado a partir da 9ª semana completa de gestação.  

Neste exame busca-se na fração fetal circulante possíveis aneuploidias em cromossomos, como 13, 18, 21 e cromossomos sexuais. Essas alterações sindrômicas têm um grande impacto no acompanhamento da gestação e o diagnóstico precoce é de extrema importância para orientação e suporte da família. O NIPT é um teste de rastreio e resultados alterados devem ser confirmados com testes diagnósticos invasivos. 

Sexagem fetal  

A sexagem fetal é feita de forma não invasiva e consiste em uma coleta de sangue da mãe, onde busca-se a fração do DNA fetal circulante e, através de uma técnica de biologia molecular (qPCR), verifica-se a presença ou ausência do cromossomo Y.  

Se ele for encontrado na amostra, o bebê é do sexo masculino e se ele não for encontrado o bebê será do sexo feminino. O exame é recomendado a partir de 8 semanas completas de gestação. 

Qual é a importância de fazer o pré-natal? 

O pré-natal é de extrema importância tanto para a saúde da gestante, quanto para a do bebê. É neste acompanhamento que todos os exames serão realizados para acompanhar se a criança está se desenvolvendo corretamente e se a gestante está saudável.  

Suplementações podem ser feitas para um melhor aporte do desenvolvimento do bebê e os exames ultrassonográficos dão suporte para possíveis alterações que podem ter origem genética. Muitos testes não invasivos e/ou invasivos são responsáveis por trazer um diagnóstico e dar o direcionamento adequado para cada caso. 

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